Chico Sanoli Neto

Não sou ávido por polêmicas, mas sou insatisfeito com a resposta das ditas, "igrejas cristãs, principalmente as "evangélicas", para assuntos importantes, mas que contrariam gostos e posicionamentos doutrinários. Nesse impasse de serem autênticos ou esteriotipizados, a maioria dos líderes que têm a mínima condição de ajudar pessoas que sofrem com diversas dúvidas sobre estes assuntos polêmicos, e que não deveriam ser, deixam de fazê-lo. Assim, por medo, por silenciamento e omissão, em relação ao assunto em questão, sabe-se que muitos adolescentes, jovens e até adultos, mergulhados em culpa, desistiram do Caminho.
Eu tenho um filh(o), e me preocupo com assuntos pertinentes a sua formação de caráter, sua sáude, convivência e este é um dos temas que acho importante abordar. Espero que ajude meus leitores de alguma forma.

Masturbação:

A masturbação, sendo considerada do ponto de vista Científico: Apesar das advertências avassaladoras feitas aos jovens ao longo dos anos, sabe-se que ela não causa cegueira, fraqueza, retardamento mental ou qualquer outro tipo de problema físico. Se causasse, toda a população masculina e metade da feminina estaria cega, fraca e doente. Entre 95% e 98% dos meninos se envolvem nesta prática - e sabe-se que os outros mentem. É quase um comportamento universal. Uma porcentagem menor, mas não menos significativas das meninas também se envolvem no que antes fora chamado de "autogratificação".

Quanto ao ponto de vista Emocional, quatro questões devem nos incomodar:

1ª - Quando associada a culpa opressiva: Causa um considerável dano psicológico e espiritual. Os meninos e meninas que se julgam sob condenação divina, podem se convencer que nem mesmo Deus poderia amá-los. Depois de prometer mais de 1000 vezes não fazer "isso" denovo, passada uma semana ou mais, todos hormônios se afloram e liberam uma pressão tamanha que todo momento acordado culmina com o desejo sexual, e enfim, num momento de fraqueza, quebram sua promessa. O que diz um(a) jovem depois de ter quebrado sua milésima promessa a Deus? Estou certo que muitos abandonaram sua fé por isoo.

2ª - Quando de torna obssessiva: O indivíduo compreende que é um "fruto proibido". A melhor forma de não criar esta idéia na cabeça das crianças e jovens é o adulto não enfatizar ou condenar. Não importa o que for feito, não irá reduzir a prática, ela só ficará "sob as cobertas" e a culpa certamente aumentará. Banhos frios, atividades físicas, ameaças terríveis; tentar suprimir este ato é uma campanha fadada ao fracasso.

3ª - Vício em material pornográfico: O material disponível ao alcance dos adolescentes hoje é imenso, e têm a capacidade de agarrar e prender um menino pro resto de sua vida.

4ª - Referente aos adultos: Quando esta prática acompanha o indivíduo até o casamento e se torna um substituto para as relações sexuais saudáveis entre o casal. "Não vos priveis um ao outro" (1 Co 7:5)

Quanto as questões espirituais, deixem os teólogos com isso. Mas não há referência Bíblica sobre o assunto. Ah, e ocaso de Onã, usado para isso, não serve, porque a questão do seu sêmen cair na terra, foi condenada porque estava ligada ao fato de Onã não cumprir com suas obrigações com a viúva de seu irmão, fora isso, não existe evidência que Deus desaprove a masturbação.

O que dizer, então ao seu filho de 12 anos, menos ou mais, que se envolveu nesta prática. Não diga nada! Após a puberdade ter ocorrido, você só causará embaraço e desconforto. Esse assunto deveria ser incluído na pauta de "preparação para a adolescência".

O melhor conselho que já li sobre o assunto, foi dado pelo Sr.Jim Dobson, ao sue filho Dr.James Dobson, que é o autor do Livro: "Educando Meninos" de onde tirei os dados para esta postagem.

"James estava no carro, quando o seu pai, o Sr.Jim lhe disse: _ Meu filho, eu me preocupava demais com a masturbação. Isso se tornou difícil para mim, porque eu me sentia condenado por Deus e não conseguia me controlar. Estou dizendo isso agora, porque espero que você não sinta esta necessidade de se envolver neste ato, mas se se envolver, não se preocupe demais, creio que isso não vai influenciar o seu relacionamento com Deus."

Esse conselho veio de um homem que não abria mão dos princípios divinos, mas amava demais o seu filho para deíxá-lo com a carga terrível da culpa sobre os seus ombros.

Porque escrevi isso? Bom, eu estou entre os 98% que se envolveram nesta prática, e não entre os 2% que mentem, e me senti condenado por muito e muito tempo, até que ao comprar este livro pensando na educação de meu filho, e fui ajudado, invadido por um toque de Graça Divina, que me curou desta culpa e que veio como uma brisa suave, levando dúvidas da adolescência de minha mente. Nada melhor do que investir um pouco do meu tempo para compartilhar esse tesouro com àqueles que podem ajudar mais adolescentes a se livrarem das correntes da culpa e da doutrina não pensada.

Abraços,

Na Graça do Senhor... Chico Sanoli